Investir tem se tornado uma prática cada vez mais discutida entre os brasileiros, mas os dados mostram que a realidade ainda está longe de se generalizar. Uma pesquisa recente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em colaboração com o Datafolha, revelou que a maioria da população brasileira ainda não possui investimentos.
Os dados revelam um cenário preocupante para o desenvolvimento financeiro da população. A falta de investimentos pode ser reflexo de uma série de fatores, incluindo a baixa educação financeira, o medo de perder dinheiro e a falta de acesso a informações e serviços de investimento adequados.
Diante desse contexto, é fundamental discutir as oportunidades e caminhos para que mais brasileiros possam começar a investir e, assim, melhorar suas condições financeiras no longo prazo.
Investimentos populares entre os brasileiros
A poupança é uma das aplicações financeiras mais conhecidas no Brasil, reconhecida por sua facilidade de acesso e baixo risco. No entanto, essa popularidade não se traduz necessariamente em melhor rendimento.
Em comparação com outras modalidades de investimento, a poupança oferece retornos inferiores. Por exemplo, no último ano, até abril de 2024, ela acumulou um rendimento de apenas 7,72%.
Por outro lado, os títulos públicos, como o Tesouro Direto, renderam 11,23%, demonstrando maior eficiência e segurança para quem busca melhores retornos com risco controlado.
O CDI, índice de referência para diversos investimentos, teve um rendimento de 12,27%, mostrando-se uma opção mais agressiva em termos de ganho. Conheça as vantagens e desvantagens das opções mais comuns entre os brasileiros:
- Títulos públicos (Tesouro Direto): maior segurança e melhores rendimentos que a poupança, adequado para quem busca um meio-termo entre risco e retorno;
- CDB e outros certificados de depósitos bancários: oferecem rendimentos atrelados ao CDI, apresentando uma alternativa de investimento um pouco mais agressiva em relação ao Tesouro Direto.
Poupança
Apesar de sua baixa rentabilidade, a poupança ainda é a modalidade de investimento mais utilizada no Brasil. Sua popularidade se deve principalmente à facilidade de acesso e ao baixo risco envolvido. Qualquer pessoa pode abrir uma conta poupança em um banco e começar a investir pequenas quantias.
Além disso, as transações na poupança são isentas de Imposto de Renda, o que atrai muitos investidores que procuram simplicidade. No entanto, a rentabilidade dessa modalidade é significativamente menor em comparação com outros investimentos de baixo risco, como os títulos públicos.
Em termos de utilidade prática, a poupança é vantajosa para quem busca um meio de guardar dinheiro de forma segura e simples, sem grandes expectativas de ganhos substanciais.
Entretanto, para objetivos de médio e longo prazo, essa modalidade pode não ser a melhor escolha, já que os rendimentos costumam ser inferiores à inflação, causando perda de poder de compra ao longo do tempo.
Títulos públicos (Tesouro Direto)
Os títulos públicos, especialmente os oferecidos pelo Tesouro Direto, são uma excelente alternativa para quem busca segurança e melhor rentabilidade. Eles são emitidos pelo governo federal, o que garante um nível de segurança muito alto para os investidores.
Além disso, os títulos públicos geralmente oferecem rendimentos superiores aos da poupança, tornando-se uma opção interessante para quem está começando a investir.
No último ano, até abril de 2024, os títulos públicos proporcionaram um retorno de 11,23%, bem acima da poupança, que rendeu 7,72% no mesmo período. Esse aumento na rentabilidade é um incentivo para que mais pessoas diversifiquem seus investimentos e experimentem novos métodos de aplicação financeira.
Contudo, é importante destacar que, diferentemente da poupança, os títulos públicos estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Ainda assim, eles representam uma das melhores opções de baixo risco para quem deseja começar a investir e obter retornos mais significativos ao longo do tempo.
Dicas para começar a investir
Investir não precisa ser uma tarefa complexa ou inacessível. Diversas opções estão disponíveis no mercado, e é possível encontrar alternativas adequadas para todos os perfis de risco e objetivos financeiros.
Começar a investir pode ser um passo importante para garantir um futuro financeiro mais estável e alcançar objetivos de longo prazo. Veja algumas dicas para quem quer iniciar no mundo dos investimentos.
Primeiramente, comece com pouco. Não é necessário ter uma grande quantia para dar os primeiros passos. Muitos investimentos permitem aplicação inicial com valores baixos, o que torna o processo mais acessível.
Além disso, começar pequeno permite que você se familiarize com o mercado financeiro sem correr grandes riscos. Outro passo essencial é definir objetivos claros. Saber o que você deseja alcançar com seus investimentos ajudará a escolher as melhores opções.
Seja para comprar uma casa, garantir a educação dos filhos ou mesmo para a aposentadoria, objetivos bem definidos guiarão suas decisões de investimentos de forma mais eficaz.
Diversifique seus investimentos
Uma das regras mais importantes no mundo dos investimentos é não colocar todos os seus recursos em um único tipo de aplicação. Diversificar é fundamental para reduzir os riscos e aumentar as chances de obter bons retornos.
Por exemplo, ao investir em uma combinação de poupança, títulos públicos e CDBs, você pode equilibrar os ganhos e proteger seu patrimônio contra eventuais perdas. Ao distribuir seus investimentos em diferentes tipos de ativos, você também se protege contra a instabilidade econômica e mudanças abruptas no mercado.
Cada tipo de investimento reage de maneira diferente às variáveis econômicas, o que pode ajudar a minimizar os riscos. Diversificação é uma estratégia recomendada por especialistas em finanças.
Além disso, diversificar permite que você experimente diferentes modalidades de investimentos e descubra quais são as mais adequadas para seu perfil e objetivos. Portanto, explore as diversas opções disponíveis e monte um portfólio que reflita suas metas e sua tolerância ao risco.